O Tênis segue evoluindo, e hoje mais do que nunca um bom jogador está apto a golpear a bola parado, correndo, deslizando, saltando, indo para trás no chão ou saltando, para frente no chão ou saltando, etc. E mesmo assim consegue realizar golpes incríveis, porque independentemente das várias formas de posicionamento de pernas, o mais importante é o domínio do golpe no momento de contato com a bola.
Já vi muitos treinadores indicando a seus atletas que o posicionamento de pernas deve ser apenas de um tipo. Por exemplo: Hoje só se golpea em open stance de forehand, não pode passar a perna à frente. Outro exemplo: Têm que deixar os dois pés no chão para golpear, não podendo levantar nenhuma das pernas. Além de outras "regras" que não existem.
O que existe são tendências, ou seja, dependendo do tipo de bola que está vindo, o mais recomendado a fazer é isso ou aquilo, mas não que seja "proibido" fazer de outra forma. Muitas vezes o erro principal não está no posicionamento e sim no domínio do golpe (o que ele realiza com os braços). Isso é um assunto que venho sempre comentando, que é o esquecimento da técnica (membros superiores) por parte dos professores e treinadores.
Mas vamos deixar de lado a o domínio do golpe e focar na importância de um posicionamento adequado para cada tipo de bola, ou seja, para que possamos de alguma forma utilizar as fontes de potência. Vou mostrar vários exemplos de cada tipo de posicionamento, tanto para o forehand, quanto para o backhand. E para isso nada melhor do que ver os melhores jogadores da atualidade.
As formas mais utilizadas são o open stance e o square stance. Alguns citam também o semi open stance que seria um meio termo entre essas duas técnicas de pernas. Uma forma menos utilizada hoje em dia é o closed stance para o forehand, porém vamos abordar mais pra a frente (ver figuras 1 e 2).
Os golpes que os tenistas realizam saltando, normalmente vem dessas formas na fase de chão (antes do salto), dependendo é claro do posicionamento em relação a quadra e a bola. Há também os golpes realizados na corrida.
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Já vi muitos treinadores indicando a seus atletas que o posicionamento de pernas deve ser apenas de um tipo. Por exemplo: Hoje só se golpea em open stance de forehand, não pode passar a perna à frente. Outro exemplo: Têm que deixar os dois pés no chão para golpear, não podendo levantar nenhuma das pernas. Além de outras "regras" que não existem.
O que existe são tendências, ou seja, dependendo do tipo de bola que está vindo, o mais recomendado a fazer é isso ou aquilo, mas não que seja "proibido" fazer de outra forma. Muitas vezes o erro principal não está no posicionamento e sim no domínio do golpe (o que ele realiza com os braços). Isso é um assunto que venho sempre comentando, que é o esquecimento da técnica (membros superiores) por parte dos professores e treinadores.
Mas vamos deixar de lado a o domínio do golpe e focar na importância de um posicionamento adequado para cada tipo de bola, ou seja, para que possamos de alguma forma utilizar as fontes de potência. Vou mostrar vários exemplos de cada tipo de posicionamento, tanto para o forehand, quanto para o backhand. E para isso nada melhor do que ver os melhores jogadores da atualidade.
As formas mais utilizadas são o open stance e o square stance. Alguns citam também o semi open stance que seria um meio termo entre essas duas técnicas de pernas. Uma forma menos utilizada hoje em dia é o closed stance para o forehand, porém vamos abordar mais pra a frente (ver figuras 1 e 2).
Os golpes que os tenistas realizam saltando, normalmente vem dessas formas na fase de chão (antes do salto), dependendo é claro do posicionamento em relação a quadra e a bola. Há também os golpes realizados na corrida.
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Figura 1
Importante: Para todas as formas de posicionamento (menos na corrida), devemos realizar o ciclo de flexão e extensão de joelhos e quadril (agacha e sobe), formando assim uma boa base (equilíbrio) para golpearmos e utilizarmos a força de reação do solo como fonte de potência.
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Importante: Para todas as formas de posicionamento (menos na corrida), devemos realizar o ciclo de flexão e extensão de joelhos e quadril (agacha e sobe), formando assim uma boa base (equilíbrio) para golpearmos e utilizarmos a força de reação do solo como fonte de potência.
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Figura 2
Open stance
As pernas ficam de frente para a quadra (rede) e o apoio se dá na perna que fica do lado do golpe. (ex: perna direita no forehand de destros)
Essa técnica força mais o giro do tronco e quadril como fonte de potência, tirando o momento linear (transferência do peso do corpo para a frente), já que não há apoio para a frente.
Tanto no forehand quanto no backhand de duas mãos utilizamos essa técnica de posicionamento de pernas. No saibro, normalmente se realiza esse posicionamento deslizando.
Obs: Pode ocorrer de golpear uma bola em open stance no backhand de 1 mão (topspin e slice) também, porém é uma forma que exigirá muito dos membros superiores, já que as fontes de potências diminuem para este golpe, além de muita habilidade para fazer uma boa batida. Esse tipo de posicionamento se vê muito durante devoluções de saque e poucas vezes durante um rally.
Para bolas mais rápidas, profundas e mais ao canto da quadra utiliza-se muito do open stance, porém não é uma regra e sim uma tendência.
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Open stance
As pernas ficam de frente para a quadra (rede) e o apoio se dá na perna que fica do lado do golpe. (ex: perna direita no forehand de destros)
Essa técnica força mais o giro do tronco e quadril como fonte de potência, tirando o momento linear (transferência do peso do corpo para a frente), já que não há apoio para a frente.
Tanto no forehand quanto no backhand de duas mãos utilizamos essa técnica de posicionamento de pernas. No saibro, normalmente se realiza esse posicionamento deslizando.
Obs: Pode ocorrer de golpear uma bola em open stance no backhand de 1 mão (topspin e slice) também, porém é uma forma que exigirá muito dos membros superiores, já que as fontes de potências diminuem para este golpe, além de muita habilidade para fazer uma boa batida. Esse tipo de posicionamento se vê muito durante devoluções de saque e poucas vezes durante um rally.
Para bolas mais rápidas, profundas e mais ao canto da quadra utiliza-se muito do open stance, porém não é uma regra e sim uma tendência.
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Square ou neutral stance
As pernas ficam mais lateralmente para a quadra (rede) e o apoio se dá na perna que que está na frente. (ex: perna esquerda no forehand de destros)
Essa técnica de pernas proporciona mais uma fonte de potência importante, já que há transferência do peso do corpo para a perna da frente e consequentemente para a bola, aumentando o momento linear (força de trás para frente).
Tanto no forehand quanto no backhand (1 e 2 mãos) utilizamos essa técnica de posicionamento de pernas. No tênis de muitos anos atrás, era sagrado que se utilizasse essa posição, porém com o avanço da velocidade da bola, ficou mais difícil realizar essa forma durante um rally de bolas rápidas, fundas e anguladas.
Obs: Sempre que possível utilize-se do square stance para que possa utilizar todas as fontes de potência no momento de golpear a bola, conservando assim, mais energia (articulações e musculatura). Não é uma regra e sim uma tendência.
Para bolas mais lentas, curtas e mais ao centro da quadra utiliza-se muito do square stance. Não é uma regra e sim uma tendência.
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As pernas ficam mais lateralmente para a quadra (rede) e o apoio se dá na perna que que está na frente. (ex: perna esquerda no forehand de destros)
Essa técnica de pernas proporciona mais uma fonte de potência importante, já que há transferência do peso do corpo para a perna da frente e consequentemente para a bola, aumentando o momento linear (força de trás para frente).
Tanto no forehand quanto no backhand (1 e 2 mãos) utilizamos essa técnica de posicionamento de pernas. No tênis de muitos anos atrás, era sagrado que se utilizasse essa posição, porém com o avanço da velocidade da bola, ficou mais difícil realizar essa forma durante um rally de bolas rápidas, fundas e anguladas.
Obs: Sempre que possível utilize-se do square stance para que possa utilizar todas as fontes de potência no momento de golpear a bola, conservando assim, mais energia (articulações e musculatura). Não é uma regra e sim uma tendência.
Para bolas mais lentas, curtas e mais ao centro da quadra utiliza-se muito do square stance. Não é uma regra e sim uma tendência.
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Semi open stance
É uma posição intermediária entre open e square stance, e por isso o apoio do peso do corpo vai depender do timing e do posicionamento do atleta em relação a bola. Por exemplo:
Uma bola mais baixa, curta e lenta, o apoio pode ser para a perna da frente. Caso contrário, o apoio pode ser na perna de trás.
Muitos não usam essa classificação justamente por ter essa variação de apoio, ou seja, alguns classificam de open stance quando o apoio fica na perna de trás e square stance quando o apoio vai para a perna da frente.
É mais utilizada no forehand e no backhand de duas mãos para bolas "intermediárias" (+/- curtas e rápidas).
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É uma posição intermediária entre open e square stance, e por isso o apoio do peso do corpo vai depender do timing e do posicionamento do atleta em relação a bola. Por exemplo:
Uma bola mais baixa, curta e lenta, o apoio pode ser para a perna da frente. Caso contrário, o apoio pode ser na perna de trás.
Muitos não usam essa classificação justamente por ter essa variação de apoio, ou seja, alguns classificam de open stance quando o apoio fica na perna de trás e square stance quando o apoio vai para a perna da frente.
É mais utilizada no forehand e no backhand de duas mãos para bolas "intermediárias" (+/- curtas e rápidas).
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Closed Stance
As pernas ficam mais lateralmente para a quadra (rede) do que o square stance, sendo o apoio também na perna que está mais a frente. Esse posicionamento de pernas é mais antigo.
Devido a essa forma, a amplitude do giro de tronco inicial é muito grande, sendo que o jogador fica quase de costas para a quadra (rede), causando perda de precisão (timing), controle do golpe e giro de quadril e tronco (potência).
No backhand (1 e 2 mãos) utiliza-se muito esse tipo de apoio, porém com o corpo em movimento (solta-se a perna de trás para facilitar o giro de tronco). No saibro, em muitas oportunidade (mais para o slice), esse posicionamento é feito deslizando.
Para o jogo atual, onde necessitamos de rápida armação e rápido giro de tronco (amplitude ótima e não excessiva), essa forma de golpear não serve para o forehand. Portanto é pouquíssimo utilizado, ao ponto de não conseguir exemplos para mostrar.
Então fica a dica: No forehand, evite essa forma.
Obs: Veremos mais abaixo que os golpes durante a corrida apresentam o closed stance como forma de apoio momentâneo, porém o corpo está em movimento rápido e passando do ponto de contato com a bola.
Para bolas mais curtas, baixas ou de meia altura, utiliza-se essa posição no backhand.
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As pernas ficam mais lateralmente para a quadra (rede) do que o square stance, sendo o apoio também na perna que está mais a frente. Esse posicionamento de pernas é mais antigo.
Devido a essa forma, a amplitude do giro de tronco inicial é muito grande, sendo que o jogador fica quase de costas para a quadra (rede), causando perda de precisão (timing), controle do golpe e giro de quadril e tronco (potência).
No backhand (1 e 2 mãos) utiliza-se muito esse tipo de apoio, porém com o corpo em movimento (solta-se a perna de trás para facilitar o giro de tronco). No saibro, em muitas oportunidade (mais para o slice), esse posicionamento é feito deslizando.
Para o jogo atual, onde necessitamos de rápida armação e rápido giro de tronco (amplitude ótima e não excessiva), essa forma de golpear não serve para o forehand. Portanto é pouquíssimo utilizado, ao ponto de não conseguir exemplos para mostrar.
Então fica a dica: No forehand, evite essa forma.
Obs: Veremos mais abaixo que os golpes durante a corrida apresentam o closed stance como forma de apoio momentâneo, porém o corpo está em movimento rápido e passando do ponto de contato com a bola.
Para bolas mais curtas, baixas ou de meia altura, utiliza-se essa posição no backhand.
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Saltando
Quando não queremos, não devemos ou não podemos ir mais para trás da linha de fundo para golpear uma bola mais alta, ou quando queremos diminuir o tempo do adversário pegando uma bola alta na subida (pode ser dentro ou fora da linha de base), utilizamos o salto para tocar a bola ainda numa zona de conforto (altura do ombro).
O salto pode ser feito com ambas as pernas ou com apenas uma, podendo começar em qualquer uma das formas que estamos vendo neste artigo, dependendo do tipo de bola que está vindo e da decisão tomada pelo jogador. Ao saltar, estaremos utilizando muito de uma outra fonte de potência, que é a força de reação do solo.
Cada vez mais se vê esse tipo de golpe, já que o jogo atual está se tornando cada vez mais agressivo, com jogadores buscando sempre a bola na subida.
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Correndo
Esse tipo de batida ocorre mais no piso duro, onde se desliza menos (apesar que hoje já se desliza mais). Ao chegar numa bola muito rápida e angulada, muitas vezes o jogador não consegue ajustar os passos ou evita o open stance, dando um ou dois passos a mais depois do golpe para evitar uma freada mais brusca e que sobrecarregue todo o corpo.
Como fontes de potência, sobram o pouco giro de tronco para a frente e a aceleração do membro superior a serem utilizadas, lembrando um pouco do closed stance (a diferença é que o jogador está em movimento, portanto mais solto).
Não seria indicado golpear dessa forma, porém com a velocidade do jogo atual, é praticamente certo que em algumas oportunidades (bolas rápidas e anguladas) será necessário a utilização dessa técnica de pernas.
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Esse tipo de batida ocorre mais no piso duro, onde se desliza menos (apesar que hoje já se desliza mais). Ao chegar numa bola muito rápida e angulada, muitas vezes o jogador não consegue ajustar os passos ou evita o open stance, dando um ou dois passos a mais depois do golpe para evitar uma freada mais brusca e que sobrecarregue todo o corpo.
Como fontes de potência, sobram o pouco giro de tronco para a frente e a aceleração do membro superior a serem utilizadas, lembrando um pouco do closed stance (a diferença é que o jogador está em movimento, portanto mais solto).
Não seria indicado golpear dessa forma, porém com a velocidade do jogo atual, é praticamente certo que em algumas oportunidades (bolas rápidas e anguladas) será necessário a utilização dessa técnica de pernas.
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Enfim, deu para notar que não há regras quanto ao posicionamento de pernas, já que as bolas que chegam até nosso lado vem de variadas formas, nos obrigando a golpear também de várias formas.
Para que consigamos fazer isso, será necessário muita coordenação e força, portanto treine todos os tipos de posicionamento e aumente o seu repertório!
E lembre-se: O jogo está muito veloz, não é sempre que conseguimos nos posicionar da forma mais equilibrada, portanto, tenha um bom domínio de seu golpe (braços e mãos), independente de seu posicionamento.
Abraços e até o próximo artigo.
Por Gesner Menegucci
Treinador e professor
Formado em Esporte - USP
Coach Sanchez-Casal
Coach Bollettieri Tennis Academy
Para que consigamos fazer isso, será necessário muita coordenação e força, portanto treine todos os tipos de posicionamento e aumente o seu repertório!
E lembre-se: O jogo está muito veloz, não é sempre que conseguimos nos posicionar da forma mais equilibrada, portanto, tenha um bom domínio de seu golpe (braços e mãos), independente de seu posicionamento.
Abraços e até o próximo artigo.
Por Gesner Menegucci
Treinador e professor
Formado em Esporte - USP
Coach Sanchez-Casal
Coach Bollettieri Tennis Academy